sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cicloturistas improvisam por rotas em todo o Brasil


São Paulo tem uma ciclovia em que se percorrem 14 quilômetros, ligando os bairros de Vila Olímpia e Interlagos. Mas a psicóloga Tânia Gasparian, 49, que se iniciou na prática frequente de cicloturismo há um ano e meio, apesar de "achar gostoso e seguro" pedalar lá, sente falta de estrutura e variedade: "é uma reta só", diz ela.

Há também dificuldade para chegar nessa via própria para bicicletas pela estação de trem via escadas.

Já em Santos, litoral paulista, apesar da ciclovia não ser separada de pedestres, o passeio é bem melhor, segundo Tânia. "Ao lado do calçadão santista, tem toda a estrutura dos quiosques."

Também há opções de pistas para ciclistas no Rio, em Sorocaba e em Curitiba.

Cruzando municípios, há as cicloviagens, seja em caminhos de peregrinação, ou ainda acostamento de estradas ou estradas vicinais, na falta de vias próprias. É o que explica Michael Holzhacker, 58, que participa de cicloviagens há cerca de dez anos, tanto no Brasil como em países do exterior. Já na Europa, por exemplo, esse improviso não tem lugar.


Entre a capital paulista e o litoral, a rota cicloturística Márcia Prado parte do bairro do Grajaú e vai até Santos.

Mas Holzhacker diz que, no Brasil, conhece ciclovias de verdade que cruzam cidades só na Baixada Santista, passando por Santos, Guarujá, Praia Grande, até Mongaguá. Frequentemente, os ciclistas trafegam por "cicloviagens programadas", explica ele.

Tânia Gasparian já percorreu de bicicleta o trecho de Cunha (SP) a Parati (RJ). Esse não é um caminho tão difícil para iniciantes: tem descidas e não é tão longo.

Exemplos são o chamado Caminho do Sol, de Santana de Parnaíba a Águas de São Pedro; o Caminho da Fé, que termina em Aparecida do Norte e começa em Tambaú, Casa Verde ou São João da Boa Vista, entre outras.

Fonte: FOLHA.com

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